quarta-feira, 15 de maio de 2013

10 profissionais (muito) raros no Brasil

Os "moscas brancas"

São Paulo - O descompasso entre oferta e procura por mão de obra altamente especializada não é novidade no Brasil. Mas, em algumas carreiras, este apagão de mão obra qualificada atinge níveis ainda mais preocupantes.
De tão raros, alguns profissionais são apelidados de "moscas brancas" pelos recrutadores. O termo se refere aquele tipo profissional que de tão especializado (e demandado) raramente está disponível no mercado. Se é que ele existe, em alguns casos.
Levantamento feito pela consultoria EXEC para EXAME.com mostra quais são os profissionais mais raros, atualmente, do mercado brasileiro.
Confira quem são eles clicando nas fotos acima.

 

Petróleo e Gás: Engenheiros e Técnicos para Upstream

A cadeia produtiva de óleo e gás, como um todo, vive um cenário de descompasso entre oferta e procura por profissionais. Mas, de acordo com o levantamento da EXEC, encontrar mão de obra especializada para a atuação nos poços de petróleo é ainda mais difícil.“Todo tipo de engenheiro que está envolvido em upstream (que é a perfuração de poços) está muito valorizado”, afirma Carlos Eduardo Altona, sócio-diretor da EXEC. O gargalo está na formação, altamente especializada, mas não somente.
“Este profissional fica muito tempo nas plataformas, por isso, você precisa de um público mais jovem”, diz o especialista. Em outras palavras, profissionais que estejam dispostos a passar longos períodos longe da terra firme.

Construção: Gerentes e Diretores de Incorporação com foco na captação de terrenos

A expansão do mercado imobiliário se, por um lado, tornou mais robustos os cofres das incorporadoras, por outro, tornou a disponibilidade de espaços para novas construções ainda mais diminuta.
Mas isso não é tudo. O profissional que atua neste tipo de cargo precisa ter um bom relacionamento com as prefeituras das cidades dos terrenos em questão e uma elevada capacidade de negociação.
“Tem que ter um perfil comercial, negociador. Tem que gostar de negócios. Normalmente, este profissional é criado e formado em uma incorporadora”, afirma o especialista.

Geração de energia: gerentes e engenheiros de obras

Para os projetos de geração de energia, o gargalo está no nível de especialização que esta missão requer. De acordo com Rodrigo Forte, sócio-diretor da EXEC, dois tipos de profissionais são requeridos, porém raramente encontrados para esses megaempreendimentos.Um deles é o engenheiro civil com experiência em grandes obras. O outro, o engenheiro mecânico, que tem a missão de instalar turbinas, geradores e todos os outros elementos para a geração e distribuição de energia.
Mas o caráter técnico não é o único fator que torna esses profissionais raros no mercado. “Essas obras são implantadas em locais isolados. Eles precisam estar dispostos a ficar bastante isolados por um tempo”, diz Forte.Segundo o especialista, o cenário complica ainda mais quando os projetos englobam novas modalidades de energia, como a eólica. “O Brasil é muito tradicional em hidroenergia, quando você parte para outras formas, não há tantos profissionais capacitados”, afirma.


Agronegócio: Gerentes Agrícolas

A chegada de empresas multinacionais ao mercado sucroalcooleiro no Brasil deu um chacoalhão nas usinas tupiniquins. Até então, as empresas do setor eram formatadas em modelos de gestão tipicamente familiares. Com o novo cenário, tiveram que se profissionalizar.E os gerentes agrícolas ganharam um papel de destaque nesta nova fase. "Estima-se que entre 60% a 70% do custo operacional de uma usina é a área agrícola. É aí que se consome mais investimento”, afirma Forte, da EXEC. Com isso, uma estratégia mal direcionada no campo e pronto: bilhões de dólares desperdiçados.O gerente agrícola é responsável por buscar a melhor produtividade com o menor custo. Ele tem a responsabilidade técnica sobre um orçamento muito grande”, afirma o especialista.
O trabalho vai desde selecionar o tamanho da área a ser cultivada a determinar quais espécies de cana de açúcar serão plantadas, passando por escolha de fertilizantes de noções de condições climáticas. “É uma área com muitas variáveis”, diz Forte. Fatores suficientes para incluir os gerentes agrícolas na lista dos moscas brancas dos recrutadores.


Gerentes de Planejamento Tributário (impostos indiretos)

Diante de uma das cargas tributárias mais complexas do mundo, as multinacionais que acabam de desembarcar no Brasil estão, literalmente, à caça de profissionais especializados em planejamento tributário que saibam tudo sobre impostos indiretos.Os impostos indiretos são aqueles que incidem sobre as operações”, diz Altona, da EXEC. “O entendimento desta legislação pode mudar desde a composição de um produto até a localização de centros de distribuição”.Para desempenhar este papel, o profissional deve entender muito do negócio em questão e saber, em detalhes, toda a legislação. Além, é claro, de inglês fluente (para atender as multinacionais) e capacidade de fazer planejamento tributário estratégico.“As empresas, no Brasil, não têm uma cultura de planejamento tributário”, diz o especialista. Mas, com este profissional, podem economizar, dentro da lei, milhões de reais.


Tecnologia: Gerentes de Vendas para América Latina

Nos últimos anos, o Brasil virou a sede de muitas empresas com operação na América Latina. “Isso é muito visível na indústria de tecnologia, mas há poucos executivos que tenham uma real experiência no desenvolvimento de negócios para a América Latina”, diz Forte.


 
 
 

30 profissões que estarão em alta em 2013

Carreiras quentes

São Paulo - Pela primeira vez, desde 2009, os recrutadores brasileiros estão mais cautelosos com relação aos meses que virão. De acordo com pesquisa da Manpower divulgada esta semana, apenas 29% dos executivos esperam aumentar seu quadro de funcionários no próximo ano - este é o índice de otimismo mais baixo dos últimos três anos.A cautela não é gratuita. A expectativa é que o Brasil feche 2012 com um pífio crescimento de 1,1% no PIB. O mau agouro da economia está atingindo em cheio as carreiras de muitos profissionais por aí. Em alguns setores, os anúncios de demissões já atingiram a casa dos milhares.
Mas o cenário não é nefasto para todos. Em algumas áreas específicas, a demanda por profissionais deve continuar alta, segundo 11 especialistas consultados por EXAME.com. Confira quais as profissões que continuarão como promissoras em 2013.

Engenheiro de produção

Por que é promissora: A exploração do pré-sal pelo Brasil demanda profissionais desta especialidade em todas as etapas do processo.
Perfil: Além da formação técnica e bom nível de inglês, é preciso ter perfil de liderança e saber trabalhar em grupo. “O profissional pode até não liderar um projeto em um primeiro momento, mas mais vai ter que interagir com diferentes áreas”, diz Licínio Motta, diretor geral de pós-graduação da ESPM-SP.Salário: início de carreira é de R$ 5 mil ou R$ 6 mil e chega a R$ 25 mil e R$ 35 mil para profissionais com 10 e 15 anos de experiência

Gerente de projetos voltados para o setor de óleo e gás

Por que é promissora: “Em 2013, serão abertas novas licitações para processos exploratórios de novos campos”, diz Rafael Meneses, diretor regional da ASAP. Fato que aumenta a demanda por profissionais capazes de gerenciar projetos voltados para o setor de óleo e gásPerfil: formação em engenharia e domínio de inglês.
Salário: até R$ 20 mil.

Advogados especializados no mercado de óleo e gás

Por que é promissora? Como uma das áreas mais promissoras para os próximos anos, o setor de óleo e gás demanda advogados que compreendam em profundidade a legislação específica do setor. “Essa é uma área que tem regras muito próprias”, afirma Carla Silvério, sócia da Global Legal Search Brasil.
Perfil: fluência em inglês e conhecimento das regras específicas do setor.

Engenheiros civis

Por que é promissora? “As grandes obras que ocorrem no Brasil, a Copa do Mundo e as Olimpíadas tornam a engenharia uma carreira promissora”, diz Licínio Motta, diretor geral de pós-graduação da ESPM-SP. Ao mesmo tempo, segundo Augusto Puliti, diretor da Michael Page, faltam profissionais com formação suficiente
Perfil: formação técnica sólida, bom nível de inglês e habilidade de gestão. “O profissional precisa coordenar o trabalho de ponta a ponta e isto implica estar em contato com o servente até o seu colega engenheiro”, diz Raphael Falcão, gerente da Hays.
Salário: início de carreira: R$ 5 mil ou R$ 6 mil; chega a R$ 25 mil e R$ 35 mil para profissionais com 10 e 15 anos de experiência.

Especialista na área de Mobile Marketing

Por que é promissora? O setor de mobile marketing ainda engatinha no Brasil, mas tem tudo para viver um período de expansão no próximo ano graças à popularização dos smartphones outros dispositivos móveis.Perfil: “O profissional tem que entender como funciona o mercado de mobile marketing, quais são os principais publishers e, principalmente, como se posicionar neste meio de acordo com a marca”, afirma Leandro Kenski, CEO da Media Factory.

Gerente de marketing e eventos

Por que é promissora: A perspectiva de grandes eventos no Brasil nos próximos anos é a tônica da demanda no setor. De acordo com Rafael Meneses, diretor regional da ASAP, há uma disposição maior das empresas em mudar o conceito de exposição de suas marcas apostando na promoção de eventos como estratégia. “A gente encontra dificuldade para recrutar estes profissionais”, diz o especialista.Perfil: formação em propaganda e marketing, publicidade, relações públicas, produção de eventos e áreas afins.
Salário: R$ 10 mil a R$ 15 mil, domínio de inglês e de um terceiro idioma. É preciso ter disponibilidade para viajar.

Advogado especialista na área tributária

Por que é promissora? Da fusão entre duas empresas, passando pelo processo de internacionalização até abertura de capital na bolsa, a figura do advogado especialista na área tributária é fundamental para as companhias. “O Brasil tem uma das estruturas tributárias mais complexas do mundo”, diz Fábio Salomon, sócio da consultoria de recrutamento Salomon e Azzi. Neste contexto, segundo ele, “este tipo de profissional é importante para tentar diminuir os cursos e otimizar os pagamentos de impostos”.
Perfil: Além de inglês fluente, o profissional deve ter noções de planejamento tributário, estruturação de operações e conhecimento profundo em ciências contábeis.
Salários: advogados seniores na área tributária podem receber um salário mensal de R$ 15 mil reais líquidos, segundo Salomon.

Gerentes de projetos

Por que é promissora? “Nossa expectativa é que, em 2013, as empresas tentem recuperar o tempo perdido”, afirma Augusto Puliti, diretor da Michael Page. E, para comandar essas iniciativas serão demandados gerentes de projetos.
Perfil: Seja com formação em engenharia, TI ou administração, estes profissionais são responsáveis por montar a linha do projeto. “Precisa de muita habilidade em relacionamentosgestão de prazos e capacidade de influenciar pessoas”, diz o especialista.
Salários: Entre R$ 8 mil e R$ 12 mi

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Falta de engenheiros faz com que profissão esteja em alta no Brasil

Deficiência no aprendizado de matemática reduz número de profissionais.
Um engenheiro recém-formado pode ganhar até R$ 5 mil mais benefícios.

Trabalhar em uma empresa de exploração de petróleo e gás, reconhecida mundo afora e que oferece bons salários pode ser um caminho profissional compensador. Nas áreas de mineração e extração de óleo e gás o salário está 58% acima da média nacional, segundo uma pesquisa feita uma grande agência de recrutamento.
Segundo a Petrobras, atualmente a maior procura é para técnico de manutenção, de operação, e de inspeção de equipamentos e instalações. Para quem tem nível superior, a maioria das vagas é para engenharia, principalmente engenheiro de petróleo, de equipamentos, naval, e de processamento, além de geofísicos e geólogos.
Por falar em engenharia, até 2015 o Brasil vai precisar de 300 mil novos profissionais, segundo a Federação Nacional dos Engenheiros. Hoje se formam aproximadamente 38 mil engenheiros por ano, mas para atender as necessidades do mercado, da Copa de 2014 e das Olimpíadas esse número tem que chegar a 60 mil por ano.
Trabalhar nas refinarias, nas plataformas, nos campos de produção de petróleo e gás e nas termoelétricas é o objetivo da maioria dos alunos que fazem parte do Promimp - Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás.
O programa de capacitação é federal, já especializou mais de seis mil profissionais. O curso tem duração de três meses, e pode ser feito durante o dia ou à noite. O aluno recebe uma bolsa de estudos de R$ 600 por mês.
“Esse profissional que é capacitado durante este tempo ele praticamente tem uma porta aberta no mercado de trabalho. Mais de 90% desse pessoal é empregado”, declara Carlos Henrique Figueiredo Alves, diretor geral do Prominp.

Para quem pretende fazer concurso e seguir carreira na Petrobras, veja ao lado a entrevista com o diretor de RH da estatal, Lairton Correa.
Faltam engenheiros principalmente nas áreas civil, mecânica e elétrica. Thiago Medeiros, especialista em recrutamento e seleção, ressalta outros motivos para a falta dessa mão de obra no mercado. “Há dificuldade de encontrar professores nas universidades em função dos salários. Eles optam por trabalhar no mercado, do que formar outros profissionais”, avalia.
Para suprir a falta de profissionais, as empresas estão buscando a mão-de-obra nas universidades e nas escolas técnicas. “Essa é uma iniciativa de curto prazo. O que elas têm feito também é importar profissionais de outros países e também recontratando os profissionais aposentados. Eles ajudam inclusivo no treinamento destes novos profissionais”, comenta.
A falta de profissionais da área de exatas reflete um problema que começa bem cedo: o medo da matemática. Pesquisas mostram que a maioria dos estudantes cursa disciplinas da área de humanas, enquanto o Brasil precisa muito de profissional de exatas. Veja no primeiro vídeo desta reportagem um projeto da Universidade Federal da Bahia, criado para tornar a matemática mais interessante. Em um laboratório, diversos modelos transformam a teoria em prática.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Propriedades Periodicas

São aquelas propriedades que apresentam variação periódica na tabela, crescendo e decrescendo, à medida que o número atômico aumenta.
Propriedades periodicas
A. Raio atômico
Raio atômico - Propriedades PeriódicasUma vez que é difícil medir o tamanho do raio de um átomo isolado, uma vez que a eletrosfera não possui um limite bem definido, o raio atômico é calculado considerando-se o empacotamento em sólidos de átomos iguais, definindo distâncias entre os núcleos. Portanto, considera-se o raio atômico como sendo a metade da distância entre os núcleos de dois átomos vizinhos.
Nas famílias (coluna vertical) os raios atômicos aumentam de cima para baixo, pois, nesse sentido, aumenta o número de níveis de energia dos átomos.
Assim, um átomo do 2º período (lítio, por exemplo) tem apenas um nível de energia, portanto terá menor raio atômico que um átomo do 3º período (da mesma família), sódio por exemplo, que tem dois níveis de energia.
Raio atômico - Propriedades PeriódicasNos períodos (linha horizontal), conforme caminhamos para a direita, aumenta o número atômico (número de prótons) para átomos de mesmo número de níveis de energia, portanto aumenta a atração do núcleo pela eletrosfera, diminuindo o tamanho do átomo e conseqüentemente o raio.
Assim, o raio atômico cresce da direita para a esquerda nos períodos.
B. Raios iônicos
Raio de cátion: quando um átomo perde elétron, a repulsão da nuvem eletrônica diminui, diminuindo o seu tamanho. Inclusive pode ocorrer perda do último nível de energia e quanto menor a quantidade de níveis, menor o raio.
Portanto: raio do átomo > raio do cátion
Propriedades periodicas

Raio do ânion: quando um átomo ganha elétron, aumenta a repulsão da nuvem eletrônica, aumentando o seu tamanho.
Portanto: raio do átomo < raio do ânion
Propriedades periodicas

Íons isoeletrônicos: íons isoelétricos são os que apresentam igual número de elétrons e, portanto, o número de níveis é o mesmo. Assim, quanto maior for o número atômico, maior será a atração do núcleo pela eletrosfera e menor o raio.
Propriedades periodicas

C. Energia ou Potencial de Ionização
É a energia necessária para retirar um elétron de um átomo (ou íon) isolado no estado gasoso.

X(g) + energia X+(g) + e-

Quando retiramos um elétron de um átomo eletricamente neutro (1ª energia de ionização), gasta-se uma certa quantidade de energia, a qual, geralmente, é expressa em elétrons-volt (eV). Se formos retirar um segundo elétron (2ª energia de ionização), gasta-se uma quantidade maior de energia, pois, à medida que cada e- é retirado, o raio atômico diminui.
Energia de ionização - Propriedades periodicasNas famílias e nos períodos, a energia de ionização aumenta conforme diminui o raio atômico, pois, quanto menor o tamanho do átomo, maior a atração do núcleo pela eletrosfera e, portanto, mais difícil retirar o elétron.
Energia de ionização - Propriedades periodicas

D. Afinidade Eletrônica ou Eletroafinidade
Eletroafinidade - Propriedades PeriodicasÉ a quantidade de energia liberada quando um átomo neutro, isolado no estado gasoso, recebe um elétron.

X(g) + e- X-(g) + energia

A eletroafinidade pode ser entendida como a medida da intensidade com que o átomo captura o elétron.
Nas famílias e nos períodos, a eletroafinidade aumenta com a diminuição do raio atômico, pois, quanto menor o raio, maior a atração exercida pelo núcleo.

E. Eletronegatividade
Eletronegatividade - Propriedades periodicasÉ a capacidade que um átomo possui de atrair para si o par de elétrons, compartilhado com outro átomo.
Nas famílias e nos períodos, a eletronegatividade cresce conforme o elemento apresenta o menor raio atômico, com exceção dos gases nobres, pois a atração do núcleo pela camada de valência será maior.

Fonte: Professor Paulo César, do site Portal de Estudos em Química (reprodução devidamente autorizada ao portal VestibulandoWeb).

Perfuração e produção do petróleo

Inicialmente é necessário realizar alguns estudos para se localizar uma possível jazida. Conhecimos de Geologia e de Geofísica são empregados de forma a se avaliar o solo e o subsolo. A geologia realiza estudos na superfície que permitem um exame detalhado das camadas de rochas onde possa haver acumulação de petróleo. Na sequencia, pode-se usar explorações Geofísicas no subsolo. Um dos métodos mais empregados é o da sísmica, no qual se usam explosivos para produzir ondas que se chocam contra a crosta terrestre e voltam à superfície, sendo captadas por instrumentos que registram determinadas informações de interesse.

Perfuração e produção do petróleoUma vez localizada uma jazida, parte-se para a etapa de perfuração. Na etapa de perfuração, obtém-se a certeza da presença ou não do petróleo. A perfuração pode ser feita em terra ou no mar. Em terra, é feita por meio de uma sonda de perfuração (Figura 1). No mar, as etapas de perfuração são idênticas. A diferença é que são feitas por meio de plataformas marítimas. A profundidade de um poço pode variar de 800 a 6.000 metros. Uma vez encontrado petróleo, diversos poços são perfurados, de forma a estudar a viabilidade comercial de exploração daquela jazida.

Uma vez verificada a viabilidade comercial, inicia-se a etapa de produção. O petróleo pode ser expelido espontaneamente devido à pressão interna dos gases, ou pode ser necessário extraí-lo por meio de métodos mecânicos.

Durante o processo de extração do petróleo pode ocorrer também a extração do Gás Natural. principalmente, nas bacias sedimentares brasileiras, onde o gás natural, muitas vezes, encontra-se dissolvido no petróleo. Dessa forma, o gás natural (tecnicamente chamado de Gás Associado ao Petróleo) é separado do petróleo durante as operações de produção.

Terminada a etapa de produção, o petróleo e o gás natural são transportados por meio de dutos ou navios para os terminais, onde são armazenados. Em seguida, o petróleo é transferido para as refinarias, onde será separado em frações, pois o óleo bruto praticamente não tem aplicação.

Refino do Petróleo - Principais informações sobre o refino do Petróleo

Uma vez armazenado, o petróleo segue para o refino, que consiste em separar a complexa mistura de hidrocarbonetos em frações desejadas, processá-las e industrializá-las em produtos comerciáveis.
Inicialmente, o petróleo bruto sofre dessalinização, removendo os sais minerais. Na sequencia, o petróleo passa para a etapa de fracionamento, na qual ocorre o processo de destilação para separar as frações. Essa separação envolve a vaporização de um líquido por aquecimento, seguida da condensação de seu vapor. Existem diferentes tipos de destilação: simples, fracionada etc.
No caso do petróleo, é empregada a destilação fracionada, que é executada com a utilização de uma coluna de fracionamento. Nas refinarias, essas colunas são substituídas por enormes torres, chamadas de torres de fracionamento.
Em um último momento, os produtos sofrem ainda tratamentos complementeares, de forma a melhorar sua qualidade: reforma catalítica, hidrodessulfuração (onde há geração de enxofre em pó). É obtida finalmente toda uma série de produto dos que respondem as necessidades dos consumidores: carburantes, solventes, gasolinas especiais, combustíveis e produtos diversos.
Fracionamento e Refino do PetróleoDurante o processo de refino ocorrem ainda outras inúmeras operações unitárias de maneira a minimizar as perdas do processo.

Brasilianas.org discute a MP dos Portos

Autor:
Encaminhe suas perguntas que poderão ser respondidas durante o programa
O último ranking do Fórum Econômico Mundial, publicado em setembro de 2012, apontou o Brasil entre os dez países com a pior qualidade de infraestrutura em terminais portuários, num conjunto de 144 nações analisadas.
Perto de 94% do comércio exterior brasileiro passa pelos portos que, na sua maioria, não foram submetidos a reformas para atender a demanda de operação que dobrou nos últimos dez anos.
Para compreender os principais empecilhos existentes na organização dos portos e o que é preciso ser feito para atrair investimentos, o Brasilianas.org desta segunda-feira, às 20h, na TV Brasil, convida Sérgio Aquino, da consultoria SPA (Soluções Portuárias Aplicadas), Wagner Cardoso, Gerente Executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sérgio Salomão, Presidente da Abratec (Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de uso público). Os convidados também irão debater a Medida Provisória nº 595 (MP dos Portos), que aguarda análise da comissão responsável na Câmara dos Deputados para, em seguida, ser submetida a votação dos congressistas.
A proposta do governo federal enfrenta resistência de autoridades políticas e de grupos empresarias, entre outras medidas, por acabar com o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e reduzir a autonomia de Estados e municípios sobre a gestão dos terminais.
CLIQUE AQUI PARA ENVIAR SUAS PERGUNTAS, que poderão ser lidas durante o programa, ao vivo.

Para sintonizar a TV Brasil
UHF Analógico Canal 62 (SP)
UHF Digital Canal 63 (SP)
VHF Canal 2 (RJ), (DF) e (MA)
Net - Canais 4 (SP), 16 (DF), 18 (RJ e MA)
Sky-Direct TV - Canal 116
TVA digital - Canal 181
Ou acesse pela internet: http://tvbrasil.ebc.com.br/

Programa Nacional de Bolsa Permanência


Governo dará auxílio financeiro para estudantes de baixa renda
Ministério da Educação,.....Quinta-feira, 09 de maio de 2013 - 18:41...Diego Rocha...Ouça o ministro Aloizio Mercadante

Foi lançado na tarde desta quinta-feira, 9, no Ministério da Educação, o Programa Nacional de Bolsa Permanência, ação de auxílio financeiro para estudantes de baixa renda das instituições federais de ensino superior. O cadastramento de instituições e universidades no programa poderá ser feito a partir da segunda-feira, 13.
A bolsa permanência será concedida aos estudantes que atendam os critérios para a política de cotas, estejam matriculados em cursos com carga horária maior que cinco horas diárias e que tenham renda per capta familiar mensal de até 1,5 salários mínimos.O valor da bolsa é de R$ 400,00; será paga por meio do Banco do Brasil.
O programa também atenderá indígenas aldeados, que vivem em comunidades tradicionais indígenas reconhecidas, e os quilombolas matriculados em universidades federais. Esses estudantes receberão R$ 900,00 de apoio financeiro, independente do curso.

De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a assistência estudantil é um investimento necessário para o desenvolvimento do país. “Se a pobreza começa no berço e na família, a superação da desigualdade está na democratização da educação de qualidade, que dê as mesmas oportunidades para todos”, disse o ministro. “O grande desafio da política de inclusão no ensino superior é combinar inclusão social com excelência acadêmica”, concluiu.

Entre os beneficiados com a nova bolsa está o estudante de engenharia florestal Poran Potiguara. Natural da Paraíba, o aluno da Universidade de Brasília (UnB) saiu de sua aldeia para buscar educação superior.

O jovem destaca que os estudantes indígenas sentem as diferenças da vida na aldeia e nas cidades. “A primeira dificuldade é a adaptação, a universidade tem um modelo elitista e você se sente desprotegido fora de sua origem. A segunda dificuldade é a do conhecimento, não que o indígena não tenha capacidade, mas sofremos o mesmo que todos os estudantes de escolas públicas”, disse.

Segundo Poran, o programa lançado nesta quinta-feira é a continuação das conquistas dos indígenas pela educação superior, as primeiras foram as ações de ampliação do acesso como as cotas e os convênios. “O mais difícil é a permanência, com o modelo que temos hoje, nós temos gastos com livros, alimentação, moradia e transporte. Essa bolsa vem nos auxiliar porque algumas vezes você não vem para as aulas porque tem que escolher entre o transporte ou o que comer”, afirmou o estudante.

Ao fim da cerimônia de lançamento, os estudantes indígenas presentes realizaram o Toré, dança tradicional para ocasiões importantes nas vidas dos índigenas, como luto, celebrações, homenagens. “Fizemos o Toré em agradecimento a essa conquista”, concluiu Poran.
Diego Rocha
Ouça o ministro Aloizio Mercadante

Pré-sal atrairá US$ 78 bi para o litoral paulista até 2025

Autor:
Estudo prevê efeitos de R$ 420 mi a cada R$ 1 bi investidos na indústria de P&G
Segundo avaliação encomendada pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, o litoral paulista deverá receber US$ 78 bilhões em investimentos na área de petróleo e gás natural, até 2025, para atender a demanda de exploração do pré-sal.
O Subsecretário de Petróleo e Gás, da Secretaria de Energia do Estado, Ubiraja Sampaio de Campos, afirma que a maior parte desses investimentos será realizada pela iniciativa privada. Ele participou da abertura do 38º Fórum de Debates Brasilianas.org, realizado em Santos, na última terça-feira (30). O Plano de Negócios da Petrobras prevê, no horizonte 2013-2017, investimentos da ordem de US$ 9,5 bilhões em exploração e pesquisa em São Paulo, apenas.
Segundo Ubirajara, R$ 1 bilhão na cadeia de petróleo e gás resultará em um efeito de R$ 420 milhões sobre os demais setores produtivos de São Paulo e 9 mil novos postos de trabalho.
A Baixada Santista Central, composta pelas cidades de Santos, Guarujá e Cubatão, concentrará mais de 93% dos recursos que serão alocados no litoral paulista, por conta da infraestrutura já estabelecida na localidade, com destaque para o Porto de Santos. O subsecretário aponta ainda que, juntos, os setores de petróleo e gás e o Porto de Santos têm potencial para atrair R$ 209 bilhões, até 2025.

Toda essa previsão de investimentos levou o governo estadual a decretar em agosto de 2010 o Programa Paulista de Petróleo e Gás Natural com os objetivos de: internalizar os benefícios econômicos e sociais; minimizar ou eliminar os potenciais impactos ambientais e sociais da indústria de P&G; e consolidar a inteligência do petróleo e gás natural "tornando o estado [de São Paulo] referência mundial em pesquisa e desenvolvimento tecnológico na área", completa o subsecretário.

Dentre as ações em andamento, no âmbito do PPPGN, estão a instalação da primeira empresa fornecedora da Petrobras no Guarujá (Saipem), de grande porte, que promete criar até mil empregos com investimentos de R$ 117 milhões, além da criação do Centro de Pesquisas em Petróleo e Gás na Baixada Santista (Cenpg-BS), com participação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), universidades locais e Petrobras.
O programa prevê uma linha de financiamento para fornecedores da cadeia de P&G, dentro do programa Desenvolve SP e também a readequação tributária do ICMS, criando um Repetro Paulista - regime aduaneiro especial de exploração e importação de bens destinados à exploração e à produção de petróleo e gás natural.
A grande discussão em torno dessas previsões é o tamanho exato do pré-sal no território do estado. Ubirajara também pontua que São Paulo tem dificuldades de discutir ações tanto com a Petrobras quanto com o governo Federal.
O jornalista Luis Nassif, mediador do evento, critica a dificuldade de diálogo, em especial, entre municípios e estados para projetos regionais, avaliando que esse tipo de postura ainda reflete o “apagão de planejamento” sofrido pelo país durante décadas.

Ubiraja Sampaio de Campos Foto: Ignacio Lemus/ADV