quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Perfuração de poço provocou vazamento de óleo em Campos, diz ANP

O poço de petróleo explorado pela multinacional Chevron, que provoca um vazamento no litoral fluminense desde a semana passada, deverá ser abandonado e cimentado. A afirmação é do diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) Florival Carvalho.
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A ANP e a empresa avaliam a melhor forma de executar a cimentação do poço, que apesar de ser próximo não tem ligação com a estrutura de produção de petróleo da Chevron já em atividade na área de Frade, na Bacia de Campos.
"A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer", disse o diretor da ANP. A Chevron confirmou que vai selar e abandonar o poço exploratório.
Em relação à causa do vazamento, a empresa disse que as investigações feitas em conjunto com órgãos governamentais apontaram o poço como a provável causa. A companhia já havia paralisado temporariamente os trabalhos no local, para investigar o problema.
Segundo o diretor da ANP, o motivo do vazamento foi a perfuração do poço de exploração. "O que foi detectado é que, com a perfuração, houve aumento de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que fez com que o óleo vazasse", afirmou Carvalho.
A mancha de óleo, de acordo nota divulgada pela Chevron, não aumentou desde o domingo, permanecendo com volume total estimado entre 64 a 104 metros cúbicos, ou entre 404 a 650 barris. Ela está localizada a 120 km da costa de Campos, mas desloca-se na direção sudeste, afastando-se do litoral.
De acordo com a ANP, o plano aprovado prevê primeiro o uso de lama pesada para fechar o poço. Em seguida, ele será cimentado. A agência diz esperar que o vazamento já esteja controlado "nos próximos dias".
Dezoito navios participam da operação de contenção da mancha de óleo, sendo oito da Chevron e dez cedidos por Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell.

Petrobras descobre nova jazida de petróleo na Bacia de Santos

A Petrobras e suas parceiras Repsol e BG Group anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de uma nova jazida de petróleo de alta qualidade na área de Carioca, na Bacia de Santos, informa um comunicado da empresa espanhola.
A Repsol, que opera no Brasil em uma sociedade conjunta com a chinesa Sinopec, destacou que a descoberta foi feita no poço conhecido como Abaré, situado 35 km ao sul do poço Carioca e a 293 km do litoral de São Paulo.
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As análises realizadas indicam a existência de petróleo de alta qualidade a uma profundidade de 4.830 metros, mas ainda não foram realizados testes para avaliar a produtividade da nova descoberta.
A Petrobras, que administra a região do achado, participa com 45% no consórcio que descobriu a jazida, assim como a Repsol (25%) e o BG Group (30%).
O comunicado indica que as empresas estão realizando os testes de longa duração do poço Carioca Nordeste, descoberto em janeiro, e que os resultados conseguidos até agora mostram um potencial de produção de 28 mil barris diários, acima das expectativas iniciais.
O poço produz neste momento 23,4 mil barris diários.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Indústria do petróleo vai precisar de 212 mil trabalhadores

São Paulo – A indústria do petróleo e gás deve contratar, pelo menos, 212 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do consultor da coordenação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Marco Antonio Ferreira.
Ferreira participou hoje (1º) de um debate sobre o pré-sal na sede da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o Prominp fez no ano passado um estudo para saber qual a demanda de mão de obra da indústria do petróleo até 2014. O estudo apontou que pelo menos 212 mil vagas de emprego serão abertas no setor. “Essas são as lacunas que verificamos em nosso plano de negócios”, disse.
O Prominp é um programa do governo federal criado para treinar trabalhadores para atuarem no setor de petróleo e gás natural. Ferreira explicou que a coordenação do programa levanta os investimentos programados e estima quantos trabalhadores serão necessários para que os projetos sejam executados.
Quando a demanda é detectada, o Prominp promove cursos de qualificação, que treinam os trabalhadores para que estejam aptos a trabalhar nos projetos programados. De acordo com Ferreira, 78 mil trabalhadores já foram qualificados desde 2006. Número que deve aumentar por causa do desenvolvimento da cadeia do petróleo.
O consultor do Prominp disse, inclusive, que a própria estimativa do programa está sendo revisada devido aos investimentos previstos para exploração do pré-sal. Segundo ele, a demanda por trabalhadores “deve ser bem maior do que a que estava estimada.”
O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, também declarou que o setor de construção e reparação de navios demandará muitos trabalhadores devido à exploração do pré-sal. De acordo com ele, os estaleiros brasileiros, que atualmente empregam 56 mil trabalhadores, devem empregar 100 mil até 2020. “O país vive um momento mágico”, disse Mendonça, sobre as perspectiva para o setor naval. “Vamos contratar desde soldadores e auxiliares, até engenheiros navais e pessoal da área administrativa”, declarou.

Subsidiária da Galp no país terá capital maior neste mês

Pequim - A Galp, maior empresa de petróleo de Portugal, espera concluir neste mês o processo de ampliação do capital de sua subsidiária no Brasil em aproximadamente US$ 2,7 bilhões, recursos que serão destinados ao financiamento dos projetos que o grupo tem no País. Segundo a agência de notícias Bloomberg, entre os interessados no negócio está a chinesa Sinopec, que há um ano investiu US$ 7,1 bilhões na compra de 40% dos negócios brasileiros da espanhola Repsol.
O diretor de relações com a mídia da Galp, Tiago Villas-Boas, não confirmou nem desmentiu o interesse dos chineses. "Já recebemos propostas firmes dos potenciais interessados, mas em nenhum momento revelamos quem são eles", disse ao jornal O Estado de S. Paulo em entrevista por telefone.
Villas-Boas ressaltou que a operação não é uma venda de ativos, mas sim um aumento de capital, que será destinado a investimentos. "O dinheiro vai ficar no Brasil e será investido nos projetos que temos no Brasil." O executivo não revelou qual será a participação do novo parceiro na subsidiária, a Petrogal Brasil, mas observou que ela será minoritária.
A empresa está envolvida em 22 projetos no Brasil, por meio dos quais explora 36 blocos, sendo o mais importante o campo de Lula, que até o dia 29 de dezembro de 2010 era chamado de Tupi e que tem reservas estimadas em 6,5 bilhões de barris de petróleo. De acordo com a imprensa portuguesa, mais dois grupos chineses estariam interessados na operação: PetroChina e CNOOC. Outro concorrente seria a International Petroleum Investment Company, dos Emirados Árabes Unidos.
Segundo maior importador de petróleo do mundo, a China realiza uma ofensiva global para assegurar suprimento do produto no longo prazo. Com a descoberta do pré-sal, o Brasil entrou no radar dos chineses, que já são o segundo principal destino das exportações da Petrobras.
A segurança energética é uma das principais preocupações do país asiático, que importa 53% do petróleo que consome. Estudos do governo indicam que o porcentual subirá para 65% até 2020.
Dois terços do petróleo importado pela China vêm do Oriente Médio e da África, regiões sujeitas a turbulências políticas. Daí o interesse do país em diversificar suas fontes do produto.O Brasil é um dos três países estratégicos para a Galp, ao lado de Angola e Moçambique, e respondeu, no ano passado, por 26% da produção total da companhia, de 11,9 milhões de barris de petróleo/dia.