sexta-feira, 27 de abril de 2012

Equipamento do sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 a caminho do Brasil‏

A boia desconectável que compõe o sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de óleo e gás) da OSX, empresa do Grupo EBX, já saiu de Batam, na Indonésia, e chegará ao Rio de Janeiro em setembro. Ela será utilizada na produção do primeiro óleo da OGX em Waimea, na Bacia de Campos. Trata-se de um equipamento de grande porte, com cerca de 17 metros de altura, equivalente a um prédio de seis andares; 14 metros de diâmetro e mais de 700 toneladas.

A boia será responsável por interligar o OSX-1 ao poço OGX-26, através de linhas flexíveis e umbilicais. A previsão de produção nesse poço é de até 20.000 barris de óleo por dia ainda em 2011. As amarras, estacas e cabos de aço do FPSO OSX-1 já estão no País. A instalação prévia desse sistema de ancoragem no Rio de Janeiro permitirá uma rápida conexão da unidade, abreviando o tempo necessário entre a chegada do OSX-1 e o início de sua operação.

Fonte: i n s i g h t n e t . c o m . b r

A situação energética na América do Sul

Tensões fronteiriças e legislações nebulosas atrasam avanço energético numa das regiões mais ricas em fontes de gás e petróleo. Conheça a situação dos países. Por Bia Rodrigues e João Paulo Charleaux

Brasil
Atualmente, a balança comercial de energia brasileira está negativa, mas o País caminha para ter excedente energético. Isso porque o potencial para produção de petróleo e gás natural aumentou com as novas descobertas, principalmente na camada de pré-sal, que podem levar o País a alcançar a posição de 5º maior produtor de petróleo nos próximos 10 anos. O Brasil destaca-se ainda como o maior exportador e segundo maior produtor de etanol do mundo. Além disso, pode aumentar a produção de energia hidrelétrica e tem reservas de urânio e tecnologia para a produção de combustível nuclear.

Argentina
O país é hoje exportador de eletricidade, gás e petróleo, mas tende a, num futuro próximo, depender da importação de energia para compensar a queda em suas reservas de energia não-renovável.

Uruguai
Tem a segunda pior balança energética da América do Sul, atrás apenas do Chile. Só produz energia a partir de fontes renováveis, mas 50% de seu mercado interno é dependente de petróleo. O país não tem nenhuma refinaria e todo o gás consumido vem do exterior.

Paraguai
Mercado interno de eletricidade depende 99,99% das hidrelétricas de Itaipu (em parceria com o Brasil) e de Yacyretá (com a Argentina). Os paraguaios reivindicam do Brasil o direito de comercializar a energia de Itaipu diretamente com o mercado brasileiro, prescindindo do governo, e com terceiros países – o que é menos provável que Brasília aceite. Os paraguaios já conseguiram arrancar um aumento importante nas negociações: a energia que antes custava ao Brasil R$ 48,50/MWh, passará a custar R$ 54,84/MWh, um aumento de 13%.

Bolivia
Presidente Evo Morales anunciou no 1º de Maio seu lote mais recente de nacionalização de empresas privadas do ramo de energia. Britânicos, franceses e bolivianos perderam o controle de suas empresas para o Estado, que passa a controlar 80% da geração de energia no país. Evo já havia colocado o Exército nas portas da Petrobrás em maio de 2006 e, quatro meses depois, confiscou as instalações e o fluxo de caixa das refinarias da estatal brasileira na Bolívia. Os investimentos privados na área de energia na Bolívia foram de US$ 686 milhões em 2009, 47% menos em comparação com 2008.

Chile
Uma disputa com a vizinha Bolívia iniciada na Guerra do Pacífico, 131 anos atrás, levou ao rompimento das relações entre os dois países e faz com que o gás boliviano tenha de tomar um desvio de 4.500 km, passando pela Argentina, até chegar ao Chile. No inverno, os argentinos aumentam o consumo de gás para mover seus aquecedores, diminuindo a quantidade repassada aos chilenos, que ocupam o último lugar no ranking de segurança energética da região. Grupos indígenas e ambientais do sul do país se opõem à construção de hidrelétricas e a alternativa de fazer usinas nucleares foi derrubada pelo terremoto de 8,8 graus na escala Richter que devastou parte do Chile em março.

Pru
Tem um dos maiores potenciais para a exploração de gás da América do Sul, mas a incerteza política freia o interesse de empresas estrangeiras, que dizem precisar de um horizonte estável de, no mínimo, 30 anos para investir. O presidente Alan García convive com um índice de reprovação que chega a 96% no sul do Peru, onde movimentos indígenas separatistas desafiam o governo, enquanto trabalhadores da área de mineração cortam estradas no norte do país, protestando contra empresas estrangeiras. Apesar de ser um bom produtor de gás natural, o Peru ainda não consegue ser um país exportador.

Equador
Entre novembro e janeiro, os equatorianos conviveram com apagões de até quatro horas diárias. Segundo a Federação de Câmaras de Comércio, as perdas para a economia do país foram de US$ 668 milhões. A produção de petróleo caiu 4,9% no ano passado e o presidente Rafael Correa ameaça rever os contratos internacionais, transformando as empresas petrolíferas em prestadoras de serviço para o Estado equatoriano. Entre as companhias afetadas estaria a Petrobrás. Novos investimentos também são comprometidos por episódios como o da Odebrecht, que teve suas obras na Usina Hidrelétrica de San Francisco embargadas pelo governo. Na ocasião, Correa se negou a pagar um financiamento de US$ 243 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e impediu funcionários da construtora de deixarem o país.

Colombia
Quase 80% da produção nacional de energia vem do carvão, mas apenas 7% do produto é exportado para a América do Sul. País também é visto como grande mercado potencial para o biocombustível produzido no Brasil. Decreto de 2007 obriga mescla de 20% de álcool na gasolina colombiana a partir de 2012.

Venezuela
Vive o paradoxo de ser um dos maiores produtores de energia e, ainda assim, conviver com apagões elétricos. Desde fevereiro, a luz é cortada por 4 horas em dias alternados. O país teve seis apagões nacionais nos últimos dois anos e o presidente Hugo Chávez apelou para que os venezuelanos diminuam seu tempo de banho para 1min20s. Apesar da retórica anti-americana, apenas 3% do mercado sul-americano é abastecido com petróleo venezuelano, enquanto 60% da produção nacional vai para os EUA e a Europa.

Petróleo sobe com fala de Bernanke

Os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, fizeram o petróleo encerrar a sessão de ontem em alta. Em entrevista coletiva, ele disse que a instituição está preparada para adotar, se necessário, medidas adicionais de estímulo à economia para assegurar que a recuperação dos EUA continue. Além disso, autoridades do Fed reiteraram planos de manter as taxas de juros perto de zero nos próximos dois anos. O petróleo para entrega em junho subiu 0,55% na bolsa mercantil de New York, a US$ 104,12 por barril.