quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Perfuração de poço provocou vazamento de óleo em Campos, diz ANP

O poço de petróleo explorado pela multinacional Chevron, que provoca um vazamento no litoral fluminense desde a semana passada, deverá ser abandonado e cimentado. A afirmação é do diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) Florival Carvalho.
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A ANP e a empresa avaliam a melhor forma de executar a cimentação do poço, que apesar de ser próximo não tem ligação com a estrutura de produção de petróleo da Chevron já em atividade na área de Frade, na Bacia de Campos.
"A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer", disse o diretor da ANP. A Chevron confirmou que vai selar e abandonar o poço exploratório.
Em relação à causa do vazamento, a empresa disse que as investigações feitas em conjunto com órgãos governamentais apontaram o poço como a provável causa. A companhia já havia paralisado temporariamente os trabalhos no local, para investigar o problema.
Segundo o diretor da ANP, o motivo do vazamento foi a perfuração do poço de exploração. "O que foi detectado é que, com a perfuração, houve aumento de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que fez com que o óleo vazasse", afirmou Carvalho.
A mancha de óleo, de acordo nota divulgada pela Chevron, não aumentou desde o domingo, permanecendo com volume total estimado entre 64 a 104 metros cúbicos, ou entre 404 a 650 barris. Ela está localizada a 120 km da costa de Campos, mas desloca-se na direção sudeste, afastando-se do litoral.
De acordo com a ANP, o plano aprovado prevê primeiro o uso de lama pesada para fechar o poço. Em seguida, ele será cimentado. A agência diz esperar que o vazamento já esteja controlado "nos próximos dias".
Dezoito navios participam da operação de contenção da mancha de óleo, sendo oito da Chevron e dez cedidos por Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell.

Petrobras descobre nova jazida de petróleo na Bacia de Santos

A Petrobras e suas parceiras Repsol e BG Group anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de uma nova jazida de petróleo de alta qualidade na área de Carioca, na Bacia de Santos, informa um comunicado da empresa espanhola.
A Repsol, que opera no Brasil em uma sociedade conjunta com a chinesa Sinopec, destacou que a descoberta foi feita no poço conhecido como Abaré, situado 35 km ao sul do poço Carioca e a 293 km do litoral de São Paulo.
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As análises realizadas indicam a existência de petróleo de alta qualidade a uma profundidade de 4.830 metros, mas ainda não foram realizados testes para avaliar a produtividade da nova descoberta.
A Petrobras, que administra a região do achado, participa com 45% no consórcio que descobriu a jazida, assim como a Repsol (25%) e o BG Group (30%).
O comunicado indica que as empresas estão realizando os testes de longa duração do poço Carioca Nordeste, descoberto em janeiro, e que os resultados conseguidos até agora mostram um potencial de produção de 28 mil barris diários, acima das expectativas iniciais.
O poço produz neste momento 23,4 mil barris diários.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Indústria do petróleo vai precisar de 212 mil trabalhadores

São Paulo – A indústria do petróleo e gás deve contratar, pelo menos, 212 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do consultor da coordenação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Marco Antonio Ferreira.
Ferreira participou hoje (1º) de um debate sobre o pré-sal na sede da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o Prominp fez no ano passado um estudo para saber qual a demanda de mão de obra da indústria do petróleo até 2014. O estudo apontou que pelo menos 212 mil vagas de emprego serão abertas no setor. “Essas são as lacunas que verificamos em nosso plano de negócios”, disse.
O Prominp é um programa do governo federal criado para treinar trabalhadores para atuarem no setor de petróleo e gás natural. Ferreira explicou que a coordenação do programa levanta os investimentos programados e estima quantos trabalhadores serão necessários para que os projetos sejam executados.
Quando a demanda é detectada, o Prominp promove cursos de qualificação, que treinam os trabalhadores para que estejam aptos a trabalhar nos projetos programados. De acordo com Ferreira, 78 mil trabalhadores já foram qualificados desde 2006. Número que deve aumentar por causa do desenvolvimento da cadeia do petróleo.
O consultor do Prominp disse, inclusive, que a própria estimativa do programa está sendo revisada devido aos investimentos previstos para exploração do pré-sal. Segundo ele, a demanda por trabalhadores “deve ser bem maior do que a que estava estimada.”
O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, também declarou que o setor de construção e reparação de navios demandará muitos trabalhadores devido à exploração do pré-sal. De acordo com ele, os estaleiros brasileiros, que atualmente empregam 56 mil trabalhadores, devem empregar 100 mil até 2020. “O país vive um momento mágico”, disse Mendonça, sobre as perspectiva para o setor naval. “Vamos contratar desde soldadores e auxiliares, até engenheiros navais e pessoal da área administrativa”, declarou.

Subsidiária da Galp no país terá capital maior neste mês

Pequim - A Galp, maior empresa de petróleo de Portugal, espera concluir neste mês o processo de ampliação do capital de sua subsidiária no Brasil em aproximadamente US$ 2,7 bilhões, recursos que serão destinados ao financiamento dos projetos que o grupo tem no País. Segundo a agência de notícias Bloomberg, entre os interessados no negócio está a chinesa Sinopec, que há um ano investiu US$ 7,1 bilhões na compra de 40% dos negócios brasileiros da espanhola Repsol.
O diretor de relações com a mídia da Galp, Tiago Villas-Boas, não confirmou nem desmentiu o interesse dos chineses. "Já recebemos propostas firmes dos potenciais interessados, mas em nenhum momento revelamos quem são eles", disse ao jornal O Estado de S. Paulo em entrevista por telefone.
Villas-Boas ressaltou que a operação não é uma venda de ativos, mas sim um aumento de capital, que será destinado a investimentos. "O dinheiro vai ficar no Brasil e será investido nos projetos que temos no Brasil." O executivo não revelou qual será a participação do novo parceiro na subsidiária, a Petrogal Brasil, mas observou que ela será minoritária.
A empresa está envolvida em 22 projetos no Brasil, por meio dos quais explora 36 blocos, sendo o mais importante o campo de Lula, que até o dia 29 de dezembro de 2010 era chamado de Tupi e que tem reservas estimadas em 6,5 bilhões de barris de petróleo. De acordo com a imprensa portuguesa, mais dois grupos chineses estariam interessados na operação: PetroChina e CNOOC. Outro concorrente seria a International Petroleum Investment Company, dos Emirados Árabes Unidos.
Segundo maior importador de petróleo do mundo, a China realiza uma ofensiva global para assegurar suprimento do produto no longo prazo. Com a descoberta do pré-sal, o Brasil entrou no radar dos chineses, que já são o segundo principal destino das exportações da Petrobras.
A segurança energética é uma das principais preocupações do país asiático, que importa 53% do petróleo que consome. Estudos do governo indicam que o porcentual subirá para 65% até 2020.
Dois terços do petróleo importado pela China vêm do Oriente Médio e da África, regiões sujeitas a turbulências políticas. Daí o interesse do país em diversificar suas fontes do produto.O Brasil é um dos três países estratégicos para a Galp, ao lado de Angola e Moçambique, e respondeu, no ano passado, por 26% da produção total da companhia, de 11,9 milhões de barris de petróleo/dia.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estágio de Engenharia de Petróleo

Área de Atuação da Empresa: Drilling & Completions

Estudantes dos cursos:

  • Engenharia de Petróleo
  • Engenharia Mecânica

Período: 6º até 7º

Turno do estágio: Manhã / Tarde

Número de Vagas: 1

Bolsa Auxílio: R$1070,00

Benefícios:
Auxilio Transporte, Seguro de Vida e Ticket Restaurante

Local: Rio de Janeiro (Centro)

* Esta vaga não filtrará os candidatos em função das suas instituições

Habilidades Desejadas:
MS Excel
MS Power Point
Visual Basic

Idiomas Desejados: Inglês

Principais Atividades A Desenvolver:
- Revisão e controle dos relatórios de perfuração;
- Consolidação de dados de processos operacionais, inclusive de HSE;
- Desenvolvimento de relatórios para a ANP;
- Controle de dados referentes ao controle de qualidade de equipamentos da plataforma e estatísticas de HSE;
- Atualizar a intranet de D&C (Drilling and Completion) com informações relacionadas à operação;
- Participação em reuniões de avaliação/melhoria de processos
- Análise e desenvolvimento de gráficos e dados em Power Point
- Suporte na análise dos dados gerados por sistemas específicos de Drilling; e
- Interface com a área de Suprimentos para compras técnicas.

Para maiores informações e candidatura a vaga, acesse www.institutocapacitare.com.br.
Código da vaga: CAP002292

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

500 engenheiros de petróleo

O Brasil precisará formar anualmente cerca de 500 engenheiros de petróleo para atender a todas as áreas de E&P nos próximos anos, estima o coordenador do curso de Engenharia de Petróleo da PUC-Rio, Sérgio Fontoura. No cálculo, o acadêmico inclui profissionais sem formação específica na área.

“Não falo apenas de engenheiros de perfuração, reservatórios ou de produção; esses são os engenheiros de petróleo clássicos. Existem muitos outros engenheiros que trabalham numa operação de petróleo que não são identificados como engenheiros de petróleo”, argumenta.

Segundo Fontoura, na falta de profissionais especializados, o mercado vem transformando engenheiros de outras áreas em engenheiros de petróleo. Ele cita como exemplo a Petrobras, que contrata cerca de 200 engenheiros de petróleo por ano. “Qualquer tipo de engenheiro está apto a participar dos concursos para essas vagas”, conta.

Parceria
Nesta quarta-feira (23/2), a PUC-Rio e a Chevron assinarão acordo que beneficiará, entre este ano e 2013, cerca de 100 alunos do curso de Engenharia de Petróleo da universidade. A parceria prevê investimentos da ordem de R$ 2 milhões a serem aportados pela Chevron em infraestrutura laboratorial – com novos equipamentos para os laboratórios de Mecânica das Rochas, Petrofísica e Fluidos de Perfuração e de Reservatórios – e concessão de bolsas de estudo. O acordo envolverá ainda a co-orientação dos trabalhos de conclusão de curso dos estudantes pré-selecionados por funcionários da empresa. “Além de ter aplicação na indústria, os trabalhos terão a visão da indústria”, ressalta Fontoura.

Fonte: Energia Hoje

Petróleo deve gerar negócios de R$ 176 bi para São Paulo

SÃO PAULO - O setor de petróleo e gás poderá gerar negócios que deverão alcançar R$ 176 bilhões nos próximos 15 anos no Estado de São Paulo. Este é o valor que a Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural (Cespeg), órgão da Secretaria de Desenvolvimento do estado, calculou, tendo como base as atuais áreas já licitadas da região do pré-sal. Nesta conta estão incluídos os investimentos da Petrobras, construção naval para atender o transporte do produto e as embarcações de apoio a operações offshore, montagem de equipamentos e implantação de novos terminais portuários.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Luciano Almeida, apesar desse montante de investimentos os recursos ainda deverão se restringir a produtos de menor valor agregado, como na indústria metalomecânica, em produtos como chapas de aço para a industria naval. Além disso, o valor deverá ser aplicado em obras de infraestrutura em toda a região para atender o aumento populacional, que deve ser de cerca de 450 mil pessoas que passarão a viver na faixa litorânea que servirá de apoio à exploração na Bacia de Santos.

"É bom lembramos que esses números referem-se a apenas 30% das reservas do pré-sal que estão licitadas: a grande parte ainda está para ser colocada em leilão pelo governo, o que pode elevar muito essa previsão de investimentos", disse o executivo.

Atração
Para tornar o estado paulista mais atrativo a empresas de toda a cadeia do setor petrolífero, inclusive as que produzem componentes de maior valor agregado, o Cespeg já mapeou 136 áreas onde é possível instalar polos industriais. Até janeiro, o grupo deverá apresentar propostas para viabilizar a entrada de novas empresas no Estado de São Paulo.

Entre os setores que ainda não estão em território paulista, está o de estaleiros. O secretário disse ontem que São Paulo poderá ter até três unidades de fabricação naval -uma de grande porte, uma de médio e uma de pequeno porte -, todas para atender a demanda do setor de petróleo e gás.

Além dos estaleiros, o secretário afirmou que os itens que levam maior nível de tecnologia e que são encontrados a bordo das plataformas e navios também deverão receber incentivos, como as fornecedoras de árvores de Natal, tubulações e equipamentos, entre outros. "Esses setores também terão benefícios que já estão sendo estudados", disse.

Ele admitiu ainda que entre as medidas para atrair os estaleiros está a entrada em uma guerra fiscal, oferecendo benefícios fiscais como a redução do ICMS. "Todos os estados estão dando benefícios a essa atividade [construção naval]. Há setores aqui que já estão bem desonerados; agora a cadeia naval e as subsequentes precisam de um tratamento especial", revelou ele.

O governo defende ainda a reforma no modelo de divisão dos recursos do petróleo pelos estados e municípios. Para Almeida, o ideal seria encontrar uma forma alternativa às existentes. Em sua opinião, nem o modelo atual nem o novo, aprovado pelo Senado Federal, estão corretos. A maior parte do dinheiro (80%) deveria ir para um Fundo Soberano ao invés de 50% serem distribuídos pelos municípios de todo o Brasil. Além disso, aponta que apenas as regiões que passam por algum efeito negativo com a exploração do petróleo devem receber os 20% restantes em decorrência da atividade, como compensação.

Se a lei não for mudada, o valor que o estado arrecadaria com o pré-sal chegaria a R$ 136 bilhões, mas, com a alteração, recuaria a apenas R$ 3,3 bilhões em um cenário em que os volumes do pré-sal fossem de 60 bilhões de barris. Atualmente, a receita estadual do petróleo é de pouco mais de R$ 4 milhões ao ano.

O problema, disse Almeida, é que essa diferença ficaria em sua grande parte no País, não no exterior, para evitar a doença holandesa (sobrevalorização da moeda local sobre o dólar) e minar a competitividade da indústria local. O fato também foi destacado pelo diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloi Fernandéz Y Fernandéz, que indicou a possibilidade de desindustrialização do País com o real forte, além da alta carga tributária brasileira.

O setor de petróleo e gás poderá gerar negócios de até R$ 176 bilhões nos próximos 15 anos no Estado de São Paulo, tendo como base as atuais áreas já licitadas do pré-sal.

Fonte: DCI/MAURÍCIO GODOI

Equipamento do sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 a caminho do Brasil‏

A boia desconectável que compõe o sistema de ancoragem do FPSO OSX-1 (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de óleo e gás) da OSX, empresa do Grupo EBX, já saiu de Batam, na Indonésia, e chegará ao Rio de Janeiro em setembro. Ela será utilizada na produção do primeiro óleo da OGX em Waimea, na Bacia de Campos. Trata-se de um equipamento de grande porte, com cerca de 17 metros de altura, equivalente a um prédio de seis andares; 14 metros de diâmetro e mais de 700 toneladas.

A boia será responsável por interligar o OSX-1 ao poço OGX-26, através de linhas flexíveis e umbilicais. A previsão de produção nesse poço é de até 20.000 barris de óleo por dia ainda em 2011. As amarras, estacas e cabos de aço do FPSO OSX-1 já estão no País. A instalação prévia desse sistema de ancoragem no Rio de Janeiro permitirá uma rápida conexão da unidade, abreviando o tempo necessário entre a chegada do OSX-1 e o início de sua operação.

Fonte: i n s i g h t n e t . c o m . b r

Pequenos Produtores de Petróleo e Gás Natural não são Marginais como os Campos!

Senhores,

Para aqueles que duvidam do tratamento da estatal brasileira do petróleo aos produtores independentes de óleo e gás, que até algum tempo atrás eram mais de 200 e agora são pouco menos de 90, leiam, nos links abaixo, antiga reportagem explanadora.


Estes campos estão, em sua absoluta maioria, localizados no interior do Nordeste Brasileiro, em áreas remotas onde existem, apenas, pequenas cidades com paupérrima população, sem perspectiva de vida decente. Esta atividade, nestes locais, traz injeção de animo por levarem empregos a pessoas de baixa ou nenhuma escolaridade, tais como, cozinheiras, lavadeiras, pedreiros, vigias, ajuntes gerais, etc. 

Mas, a estatal (mal que nem pica-pau!) prefere fazer suas, suspeitosíssimas, politicas de patrocino cultural de duvidoso gosto. Levar pão e circo bolsa-esmola é preferível a gerar emprego e renda! Este é o pensamento dominante por esta empresa que nos escraviza há muitos anos e governo também.

Que podemos fazer? Contar com genialidades de alguns corajosos e bravos empresários somente, porque o governo, como sempre, não quer saber disto! E, essa genialidade, tem haver com dribles legais na legislação que, por todos os meios, tentar impedir essa produção de campos marginais. Aliás, essa denominação “marginal” casa exatamente com o que a estatal e o governo pensam desse destemidos produtores independentes. 

terça-feira, 28 de junho de 2011

A migração do petróleo .

Já sabemos como o petróleo é formado. Hoje vamos falar como ele se acumula na rocha reservatório.
Bem, depois de sua formação na chamada rocha fonte (ou geradora) o petróleo começa uma viagem em direção a superfície. Esta viagem é chamada de migração. Quem nunca viu em um desenho animado o cara furar o chão e encontrar petróleo no quintal ?
Na prática a história é bem diferente. O petróleo não continua subindo até encontrar a superfície. Ele é contido por uma outra rocha, a qual chamamos de rocha selante. Abaixo da rocha selante, existe a chamada rocha reservatório. Como já sabemos, é nesta rocha que o petróleo fica armazenado.
Na verdade, a situação do desenho animado não é nada boa. Se não existir uma rocha selante para conter a migração do petróleo ele irá se perder na superfície (oxidação e ação de bactérias).
Para fechamos por hoje, só mais um pequeno detalhe. A saída do petróleo da rocha geradora é chamada de migração primária. A segunda etapa de migração até o bloqueio pela a rocha selante é chamada de migração secundaŕia.

De onde vem o Petróleo ?

Aposto que você pensou: "Ora! Dos dinossauros!" ;). Eu também achava que o petróleo tinha sua origem nos dinossauros. Talvez seja influência dos desenhos animados! Mas se não é dos dinossauros, de onde é que vem o petróleo ? Pasmem!  Em verdade, o petróleo tem origem no fitoplâncton. Fito o que ??? Bem, segundo o winkipédia .

"Em biologia marinhalimnologia chama-se fitoplâncton ao conjunto dos organismos aquáticos microscópicos que têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos flutuando na coluna de água. Fazem parte deste grupo organismos tradicionalmente considerados algas e estudados como tal pela botânica, mais especificamente pela ficologia."
Em resumo, pensando como engenheiro,  fitoplâncton = microorganismos + algas 
No próximo artigo vamos entender como o fitoplânction transforma-se no Ouro Negro!
Ate lá!



Vamos continuar nossa saga nesse mundo facinante do petróleo!
Bem, a primeira dica para fechar o quebra-cabeça vem da evidência de que grande parte do petróleo é encontrado em rochas reservatório de bacias sedimentares.
Rocha reservatório ? O que é isso ? Em poucas palavras é onde o petróleo se acumula, mas isso é papo para outro dia.  Hoje estamos preocupados em desvendar como o ouro negro é gerado! Da evidência anterior vamos precisar de sedimentos! (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sedimento)
Os outros dois componentes são: matéria orgânica e condições térmicas adequadas. Assim, para formar Petróleo basta seguir a seguinte equação:
Petróleo = Matéria orgânica + Sedimentos + Condições térmicas adequadas
A matéria orgânica é o fitoplâncton, o qual se acumula nos sedimentos. Agora só falta saber como a temperatura atua!
Em verdade, ocorrem duas fases: Diagênese e Catagênese.

Digênese
Na Diagênese, os principais atores são as bactérias. Elas transformam matéria orgânica em querogênio.
Abaixo transcrevemos uma definição mais precisa:
"Diagênese refere-se aos processos geológicos (físicos, químicos, biológicos,..) de baixa temperatura, como desidrataçãocimentação, compactação, dissolução, reações minerais e outros que sucedem à deposição de sedimentos, levando, geralmente, a transformação destes em rochas sedimentares (litificação).


Catagênese
Nesta segunda fase, as temperaturas se elevam e o querogênio transforma-se em hidrocarbonetos líquidos (Petróleo)
Pronto! Já temos petróleo! Quase tão simples quanto fazer um bolo, não ?? Agora tem um detalhe pessoal! Como um bolo, não podemos deixar o petróleo passar do ponto. Se as temperaturas continuarem a subir o petróleo transforma-se em gás (Metagênese) e depois degrada-se (Metamorfismo). 



quarta-feira, 2 de março de 2011

Ilustracao Bacia de Santos, Iara.

Poço de extensão confirma óleo de boa qualidade em Iara

Poço de extensão confirma óleo de boa qualidade em Iara

Fonte: Agência Petrobras
Data: 02/03/2011 08:58


A Petrobras concluiu a perfuração do poço exploratório de extensão 3-BRSA-891A-RJS (3-RJS-682A) localizado na área do Plano de Avaliação de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos. Em profundidade de água de 2.279m, o poço está localizado a cerca de 230 km da costa do Rio de Janeiro e a 8 km do poço pioneiro descobridor.
 
 
O resultado da perfuração do poço confirmou a boa qualidade do óleo no reservatório (28º API) e reforçou o potencial de óleo leve e gás natural recuperável daquela jazida. A estimativa da Petrobras é que o volume recuperável esteja entre 3 e 4 bilhões de barris de óleo equivalente. Conhecido informalmente como Iara Horst, o poço demonstrou melhores características do reservatório do que as encontradas no poço descobridor 1-BRSA-618-RJS (1-RJS-656).
 
 
O Plano de Avaliação de Iara está localizado numa área remanescente do bloco BM-S-11, onde recentemente foi declarada a comercialidade do campo gigante Cernambi e do campo supergigante Lula.
 
 
Testes de formação ainda serão feitos para avaliar a produtividade do reservatório. O consórcio operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG Group (25%) e Galp Energia (10%), dará continuidade às atividades previstas pelo Plano de Avaliação aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

Sites Interresantes

http://www.professorelias.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Profissões numa plataforma petrolífera

Ao contrário do que as pessoas pensam, as plataformas petrolíferas necessitam de várias pessoas das mais diversas áreas profissionais para integrarem as equipas de trabalho. Isto porque existem muitas tarefas das mais diversas áreas a serem realizadas, e todas elas necessitam de profissionais competentes já que é importante que não aconteça nenhum tipo de falha.
trabalho plataformas Profissões numa plataforma petrolífera
As oportunidades de emprego em grande quantidade ficam para as áreas mais especificas e onde é necessário que haja formação de grande nível, nomeadamente nas áreas de geologia, geofísica, química, engenharia, mecânica e todas as áreas envolventes. Já que estas profissões têm muito maior responsabilidade dentro da plataforma, existem outras ainda com uma importância igual às faladas anteriormente.
Se pensar que as plataformas são pequenas ilhas que estão no meio dos oceanos, facilmente perceberá que é importante que nela se encontrem todo o tipo de profissionais para garantir o bom funcionamento em todos os sectores.
Ou seja, é necessário garantir o bom funcionamento da própria plataforma assim como o bem estar de quem vive nela, por isso é necessário funcionários para a área da alimentação, da limpeza, gestão, direito, etc. Assim vai garantir que não haja qualquer tipo de falha, e quem vive dentro da plataforma tem garantido todo o bem-estar que é permitido.
Embora a maior parte das oportunidades sejam para as áreas técnicas, todos aqueles que não possuem esses cursos poderão facilmente entrar nas plataformas, desde que comprovem a sua experiencia e os seus conhecimentos para trabalharem na plataforma e garantirem também o bom funcionamento de tudo nela presente.
Não se poderá esquecer que os próprios funcionários da plataforma precisam também de cuidados, por isso os médicos são extremamente importantes, pois sem saúde os trabalhadores não podem trabalhar, e a plataforma sem trabalhadores não poderá fazer o seu trabalho.

UEMS DISCUTE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS COM A PETROBRAS


A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) foi procurada pela Petrobras para compor o Programa de Formação de Recursos Humanos em parceria com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com o objetivo de preparar estudantes e pesquisadores brasileiros para atuar no setor. A Universidade recebeu convite para participar de uma reunião no Rio de Janeiro em que esse assunto será discutido.



A previsão é conceder bolsas de estudo a 841 alunos de ensino superior e a 6.184 de nível técnico no País, além de proporcionar a diversas instituições do Brasil melhorias em infraestrutura e aquisição de equipamentos, softwares, assinatura de periódicos, entre outros benefícios.



Os objetivos do programa são reduzir o índice de evasão escolar, aumentar o número de profissionais qualificados no setor e melhorar a qualidade dos estudos desenvolvidos. Além dos alunos, coordenadores e pesquisadores visitantes também receberão bolsas.



Os valores das bolsas são de R$ 350,00 para nível técnico, R$ 450,00 para graduação, R$ 1.248,60 para mestrado e R$ 1.840,00 para doutorado antes da qualificação da tese e R$ 2.278,20 para depois da qualificação da tese.



Em princípio, o interesse da Petrobras é o de conhecer as especificidades dos cursos relacionados às ciências biológicas, biotecnologia e tecnologia em produção sucroalcooleira.

Noticias do Setor

10/02/2011 - 08:51

OGX: concluída a perfuração do primeiro poço produtor na acumulação Waimea

Teste de formação em poço horizontal confirma vazão potencial de 40.000 barris por dia, e óleo de aproximadamente 20° API.
Rio de Janeiro - A OGX Petróleo e Gás Participações S.A. ("OGX") (Bovespa: OGXP3; OTC: OGXPY.PK), empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil, comunica que acaba de finalizar uma importante etapa rumo à sua primeira produção. A companhia concluiu a perfuração do poço horizontal 9-OGX-26HP-RJS (Waimea Horizontal) e, por meio de um teste de formação, identificou excelente índice de produtividade (IP) de 100 m³/dia/kgf/cm², similar a resultados obtidos nos melhores poços do país. No momento, este poço está sendo equipado para a realização de um Teste de Longa Duração (TLD) que poderá registrar vazão de até 20.000 barris por dia, podendo atingir vazões superiores durante um projeto definitivo. Este resultado superou as expectativas iniciais em relação à acumulação Waimea e oferece elementos ainda mais concretos para o início da fase de produção da OGX. Este poço está localizado no bloco BM-C-41, na Bacia de Campos, e será interligado ao FPSO OSX-1 durante o TLD, a ser iniciado em meados do ano de 2011.
"O resultado obtido com a perfuração deste poço representa um marco na história da Companhia. O uso da tecnologia de poço horizontal confirmou altíssimos índices de produtividade em reservatórios carbonáticos do sul da Bacia de Campos, comprovando que estamos de fato diante de uma província petrolífera extraordinária", comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral da OGX. "Trata-se de um dos melhores testes de produção que já vi em minha vida", acrescentou Mendonça.
A perfuração do poço horizontal 9-OGX-26HP-RJS contou com o estado da arte em tecnologia. A equipe técnica da OGX foi responsável por implementar uma estratégia que contemplou a perfuração de um poço direcional de 3.746 metros de profundidade pelo qual foi possível entrar horizontalmente no reservatório desejado. O sucesso na execução deste trabalho resultou em um poço de mais de 1.000 metros de extensão horizontal em reservatórios carbonáticos da seção albiana da acumulação de Waimea, que foi originalmente descoberta pelo poço 1-OGX-3-RJS em 18 de dezembro de 2009.
Na sequência à conclusão da perfuração, foi realizado um teste de formação a poço revestido, que confirmou o potencial produtivo de 40.000 barris por dia de óleo de aproximadamente 20° API. Um complexo processo de acidificação seletiva foi utilizado em oito intervalos do poço, permitindo uma melhor estimulação dos mais de 1.000 metros de extensão do poço, resultando na maximização de vazão de óleo.
Além da produtividade do poço, foram coletadas outras informações, tais como características da rocha reservatório e dos fluidos presentes, que serão analisadas pela equipe técnica da OGX nos próximos meses. Essas interpretações, juntamente com as informações do TLD, permitirão um maior entendimento desta acumulação e auxiliarão na elaboração do plano de desenvolvimento.
Modelo de produção - A OGX segue confiante na condução de seu plano de avaliação da acumulação de Waimea, tendo como próximo passo a realização de um Teste de Longa Duração (TLD), pelo qual dará início a sua produção. O conceito para este primeiro projeto conta com tecnologia amplamente dominada pela indústria do petróleo e prevê a utilização de árvores de natal molhadas e linhas flexíveis que estarão ligadas diretamente ao FPSO OSX-1. O poço será equipado para a produção com o método de bombeio centrífugo submerso submarino.
Todos os equipamentos desta fase de produção já foram contratados junto a fornecedores mundialmente conhecidos e parte deles já começou a ser entregue. A árvore de natal molhada a ser utilizada no TLD já se encontra na base portuária da OGX, Briclog, no porto do Caju (RJ). O equipamento foi fabricado pela GE Oil & Gas e é o primeiro encomendado por uma empresa privada nacional. Outros quatro equipamentos desse tipo serão entregues pela GE nos próximos meses, sendo parte deles produzida no Brasil.
As linhas flexíveis para interligação deste primeiro poço ao FPSO OSX-1 já estão sendo fabricadas pela Wellstream em sua fábrica em Niterói (RJ) e o umbilical de controle pela Oceaneering, também em Niterói. Tais equipamentos têm previsão de entrega à OGX em março de 2011.
O conjunto que compõe o Bombeio Centrífugo Submerso (BSC) já foi testado na fábrica da Baker Hughes em Claremore, Oklahoma, EUA e já se encontra no Brasil, na base da Baker Hughes em Macaé (RJ).
Outro importante recurso de grande porte já contratado para uso no TLD é a embarcação recém construída pela Aker, Aker Wayfarer, fornecida pela Wellstream. Ela será responsável pela interligação do poço produtor ao OSX-1, além da instalação do sistema de ancoragem do FPSO.
A unidade de produção do tipo FPSO (Floating Production Storage & Offloading) OSX-1 encontra-se em Cingapura em fase de adaptações da planta de processo para as características do óleo de Waimea.
Comercialização - Tendo em vista o início de sua produção de óleo, a OGX começou a estruturação de sua área de comercialização. A equipe conta com especialistas na área, dois deles com mais de 30 anos de experiência em trading internacional. Os especialistas já estão em contato com potenciais clientes visando à negociação da produção inicial da OGX.
Perfil da OGX - Focada na exploração e produção de óleo e gás natural, a OGX Petróleo e Gás SA é responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil. A OGX possui um portfólio diversificado e de alto potencial, composto por 29 blocos exploratórios no Brasil, nas Bacias de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e Parnaíba e 5 blocos exploratórios na Colômbia, nas Bacias de Cesar-Ranchería, Vale Inferior do Madalena e Vale do Médio Madalena. A área total de extensão dos blocos é de 7.000 km² em mar e cerca de 34.000 km² em terra, sendo 21.500 km² no Brasil e 12.500 km² na Colômbia. Além de contar com um time de profissionais altamente qualificados, a companhia possui sólida posição financeira, com cerca de US$ 3,2 bilhões para investimentos em exploração, produção e novos negócios. Em junho de 2008, a empresa captou recursos na ordem de R$ 6,7 bilhões em sua oferta pública de ações, no maior IPO primário da história da Bovespa até então. A OGX é parte do Grupo EBX, conglomerado industrial fundado e liderado pelo empresário brasileiro Eike Batista, que possui um comprovado histórico de sucesso no desenvolvimento de novos empreendimentos nos setores de recursos naturais e infraestrutura. | Site: www.ogx.com.br/ri.

Fonte: energiaglobal.com.br

Dutos


Torre de Fracionamento

Especial Globo Mar

Plataformas Fixas

  • Plataformas fixas - têm sido as preferidas nos campos localizados em lâminas d’água de até 200 metros. Geralmente as plataformas fixas são constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar. As plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos de perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas as instalações necessárias para a produção dos poços. Não tem capacidade de estocagem de petróleo ou gás, tendo o mesmo que ser enviado para a terra através de oleodutos e gasodutos.

Guia do Estudante - Engenharia de Petróleo - BACHARELADO


Será que Engenharia de Petróleo é o curso ideal para mim?

É o conjunto de técnicas usadas para a descoberta de poços e jazidas e para a exploração, produção e comercialização de petróleo e gás natural. O bacharel em Engenharia de Petróleo, ou engenheiro de petróleo, tem como campo de atividade petroleiros, refinarias, plataformas marítimas e petroquímicas. Com seus conhecimentos em engenharia, geofísica, mineração e geologia, ele trabalha na descoberta de jazidas de petróleo e também em poços de gás natural. É da responsabilidade desse profissional desenvolver projetos que visem à exploração e à produção desses bens sem prejuízo ao meio ambiente nem desperdício de material. Além disso, cuida do transporte do petróleo e seus derivados, desde o local da exploração até a chegada na refinaria. Esse especialista também pode atuar em consultorias ambientais e no setor de exportação e importação, fazendo pesquisas de preços de matérias-primas ou captando compradores. É requisito da profissão conhecer a legislação internacional que regula as atividades ligadas ao petróleo e seus derivados e, como a maior parte das empresas do setor é estrangeira, é necessário ter fluência em inglês.

O mercado de trabalho

O mercado do pré-sal está impulsionando a corrida para formar 250 mil novos profissionais até 2016 - entre eles, o engenheiro de petróleo. "As operadoras, como Petrobras e Shell, estão ativas por causa da economia brasileira e do bom relacionamento do país com o mercado internacional. Como exploração e produção têm custos elevados, essas características nacionais diminuem os riscos. No Oriente Médio, por exemplo, existem a instabilidade política e a possibilidade de conflitos", afirma Rogério Fernandes de Lacerda, coordenador do curso da UFF. Além de atuar na exploração, o profissional é contratado para trabalhar em perfuração, transporte, instalação de sistemas submarinos, de gasodutos e no desenvolvimento de projetos. A Exxon, multinacional com concessão para a exploração do petróleo em território nacional, é uma das principais empregadoras, juntamente com Petrobras, Shell, AGX e empresas prestadoras de serviços. O Rio de Janeiro concentra 80% da produção do petróleo nacional e costuma apresentar mais oportunidades de emprego. Mas a Região Nordeste já conta com o Polo Petroquímico de Camaçari (BA), com a refinaria da Petrobras de Pernambuco, que deve começar a funcionar em 2011, outra refinaria no Maranhão, cuja entrada em operação está programada para começar em 2013, e a do Rio Grande do Norte, que deve começar a operar no segundo semestre de 2010. Além disso, sempre em razão da exploração do pré-sal, está prevista a construção de uma refinaria da Petrobras no Ceará.

Salário inicial: R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).

O curso

As aulas são recheadas de cálculos, principalmente nos dois primeiros anos. Estudam-se física, química, geologia, geometria, álgebra, lógica, estatística, mecânica e fenômenos de transporte. A partir do terceiro ano, entram matérias mais específicas, como fontes alternativas de energia, técnicas de exploração e refino do petróleo, prospecção de petróleo, matérias na indústria do petróleo, engenharia de reservatório, métodos de elevação, ciências dos materiais, entre outras. Na grade curricular também há disciplinas ligadas à gestão do negócio, como marketing, empreendedorismo, gestão ambiental e direito internacional. Estágio e trabalho de conclusão de curso são obrigatórios para se formar na graduação. Na UFBA, o curso é uma habilitação de Engenharia de Minas.

Duração média: quatro anos.

Outros nomes: Eng. de Gás e Petr.; Eng. de Petr. e Gás; Eng. Mecân. (petr. e gás).

O que você pode fazer

Comercialização

Atuar na venda do petróleo aos compradores nacionais e internacionais e fazer pesquisa de preços de matérias-primas.

Consultoria

Prestar serviços para empresas do setor para avaliar os riscos ambientais na exploração, produção e distribuição do produto.

Desenvolvimento de equipamentos

Projetar e acompanhar a produção de novos equipamentos utilizados nas plataformas marítimas, nas petroquímicas e em refinarias. Pode atuar também na venda desses equipamentos.

Exploração do petróleo e derivados

Decidir como será feita a perfuração dos locais para que o material seja retirado sem prejuízo ambiental nem financeiro.

Procura de reservatórios

Traçar planos para a descoberta de jazidas de petróleo ou poços de gás natural, levando em consideração cálculos e características físicas de determinados espaços. Analisar a capacidade de produção dos novos reservatórios.

Transporte e distribuição

Desenvolver e implantar projetos para o transporte de petróleo e derivados e gás natural desde os locais de exploração até a chegada nas refinarias e petroquímicas. Cuidar da distribuição do produto final até os postos e as indústrias.

ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS É UMA ÁREA COM POUCOS PROFISSIONAIS

O crescimento de determinado setor da economia implica na criação de novas profissões. Uma delas é a de engenharia de petróleo e gás, cuja formação antes era determinada por cursos de pós-graduação, e  agora conta com cursos superiores específicos. Oferecidos por universidades públicas e privadas, os cursos de engenharia de petróleo e gás preparam profissionais para atuarem no desenvolvimento de campos de prospecção, exploração e expansão de jazidas, transporte, refinamento, industrialização e atividades afins como processamento de gás natural.
 “É uma profissão nova no Brasil e que está em expansão no mundo todo. A preocupação com os recursos energéticos e o alto preço do petróleo contribui para que se firme como uma profissão estratégica”, explica Osvair Trevisan, professor do departamento de Engenharia de Petróleo da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). De acordo com Trevisan, um dos idealizadores do Centro de Estudo do Petróleo (Cepetro) da Unicamp, “é uma profissão fascinante para quem realmente gosta de engenharia, na qual é fundamental desenvolver tecnologias avançadas”.
Embora as expectativas do mercado com o biodiesel sejam altas, elas não impedem o desenvolvimento da indústria de petróleo que, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP),  cresceu 318% entre 1998 e 2004. Além do combustível, a cadeia produtiva do petróleo envolve a indústria de plástico, química, farmácia e fertilizantes, sendo responsável por aproximadamente 9% do PIB nacional.
O Instituto de Petróleo da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, prevê que o setor receba R$ 50 bilhões de dólares nos próximos cinco anos e ofereça anualmente 20 mil empregos, diretos e indiretos, nas atividades industriais e comerciais ligadas ao petróleo, gás e seus derivados.
Após a quebra do monopólio de petróleo no Brasil, em 1997, outras 55 concessionárias atuam no País, além da Petrobras, maior empregadora dos profissionais da área, em especial, de engenheiros (nos últimos seis anos, a empresa contratou cerca de 900). “É um mercado bastante aquecido e somente a Petrobras criou mais de 16 mil empregos diretos nos últimos cinco anos”, afirma Walter Brito, gerente geral da Universidade Petrobrás, que possui campi em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador/Taquipe.
O mercado de trabalho está, principalmente, na região da bacia de Campos, que se estende do Espírito Santo até Cabo Frio, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, que é a maior reserva de petróleo do país. Atualmente, estão em operação nesta bacia mais de 400 poços de óleo e gás, 30 plataformas de produção e 3.900 quilômetros de dutos submarinos. Outros estados como Bahia, Rio Grande do Norte e Amazonas também oferecem vagas.
Como 80% da produção de petróleo está concentrada no estado do Rio de Janeiro, é lá que também está a maior oferta de cursos de formação superior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, uniu toda a experiência que tinha na área com os trabalhos de pós-graduação e abriu, em 2004, vagas para a primeira turma do curso de engenharia de petróleo e gás, que tem cinco anos de duração.
De acordo com o professor e ex-coordenador do curso, Virgílio José Martins Ferreira Filho, em 2008, a UFRJ oferecerá 30 vagas para o curso por ano e não mais 25, já que este é o curso mais concorrido da universidade. “A procura é grande e faltam profissionais especializados. No entanto, por ser um mercado muito especifico, ficaria saturado se formasse, por exemplo, mil engenheiros por ano”, ressalta Filho.
O salário inicial gira em torno de R$ 3.500,00 e quem trabalha em campo, como nas plataformas, recebe um acréscimo de 30% de adicional de periculosidade. Para quem quiser seguir carreira internacional, Canadá e Oriente Médio são mercados promissores.

Engenharia de Petróleo e Gás

Engenharia de petróleo é a área da engenharia que trata de todos os ramos relacionados à produção de hidrocarbonetos, que podem ser óleo ou gás natural. As atividades são divididas geralmente em duas grandes áreas: upstream refere-se às atividades de exploração e produção e downstream refere-se às atividades de refino e distribuição.
No Brasil, a profissão do engenheiro de petróleo é reconhecida pelo CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – na sua Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973. Essa resolução, em seu art. 16, estabelece que o engenheiro de petróleo está habilitado a desempenhar todas as 18 atividades estabelecidas para o exercício profissional da engenharia, "referentes a dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas petrolíferas, transportes e industrialização do petróleo; seus serviços afins e correlatos". O primeiro curso de Engenharia de Petróleo do Brasil foi criado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) em seu Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo (LENEP).
Até a criação do curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Estadual do Norte Fluminense(UENF), havia somente cursos em nível de mestrado e doutorado. O curso de pós-graduação em Engenharia de Petróleo da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas)foi criado em 1987, com a criação do FEM/DEP (Departamento de Engenharia de Petróleo da Faculdade de Engenharia Mecânica), resultado do convênio de cooperação científica firmado entre a Petrobrás e a UNICAMP, devido a necessidade de formação de profissionais especializados nas áreas de exploração e produção de óleo e gás, atendendo à demanda nacional e internacional de recursos humanos na indústria do petróleo. Devido ao caráter multidisciplinar do programa o corpo docente permanente contava com uma sensível contribuição de professores participantes e visitantes. A participação externa foi gradativamente substituída, através da formação e contratação de doutores na área, atendendo-se à demanda de ensino e pesquisa do programa.
Também em 1987 foi criado o CEPETRO(Centro de Estudos de Petróleo)e com apoio da PETROBRAS, foram criados no mesmo ano o Departamento de Engenharia de Petróleo e o Curso de Mestrado em Engenharia de Petróleo, ambos na Faculdade de Engenharia Mecânica da UNICAMP. Em 1990, criou-se o Programa de Mestrado em Geoengenharia de Reservatórios de Petróleo no Instituto de Geociências. Em 1993, implantou-se um programa de Doutorado em Engenharia de Petróleo. Atualmente, o CEPETRO apoia cursos e projetos na área de Ciências e Engenharia de Petróleo, contemplando as áreas de Explotação Petrolífera e Geoengenharia de Reservatórios Petrolíferos, atendendo às atividades de Geologia, Engenharia de Reservatórios, Perfuração e Contemplação de Poços, Produção Petrolífera e Gestão de Recursos Petrolíferos e Processamento Sísmico.
Atualmente os cursos oferecidos pela UNICAMP, com o apoio do CEPETRO, são o Mestrado e Doutorado em Ciências e Engenharia de Petróleo, os Cursos de Extensão de Engenharia do Gás Natural e Regulação no Setor de Petróleo, disciplinas de ênfase em Engenharia de Petróleo na Graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica e Graduação em Geologia no Instituto de Geociências.
Em São Paulo, foi criado o primeiro curso de graduação na área de Engenharia de Petróleo pela USP (Universidade de São Paulo) em 2002. Esse curso é desenvolvido pela Escola Politécnica e está sob administração do Departamento de Engenharia de Minas e Petróleo (PMI).
No ano de 2008, a ULBRA (Universidade Luterana do Brasil) instituiu o curso de Engenharia de Petróleo no município de Canoas/RS, sendo pioneiro na Região Sul do Brasil, visando promover a formação de Recursos Humanos qualificados com conhecimentos e habilidades para atuar nas etapas da cadeia produtiva de petróleo e gás natural, atuando em ampla frente de tarefas e situações (produção, transporte, processamento, distribuição e utilização dos produtos), levando em conta aspectos econômicos, sociais e ambientais e contribuindo para o Desenvolvimento Tecnológico do País.
O primeiro curso de Engenharia de Petróleo, na Baixada Santista (SP), será oferecido pela Universidade Santa Cecília - Unisanta, em Santos. O 1º Vestibular acontece em junho de 2008, para ingresso no início de 2009.

A Engenharia de petróleo normalmente é dividida em seis áreas básicas:
  • Engenharia de reservatórios.
  • Engenharia de perfuração.
  • Engenharia de completação.
  • Processo de produção.
  • Economia do petróleo.
  • Tecnologia offshore.