terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Regras no pré-sal serão cumpridas, diz Petrobras


A Petrobras informou em nota que não haverá descumprimento das regras ou dos porcentuais de conteúdo local em plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Questinado sobre envio de quatro plataformas para serviços na China, de forma a evitar atrasos no cronograma, a companhia disse que a medida não afetará compromissos contratados. A Petrobras reconheceu atrasos na disponibilidade dos estaleiros Inhaúma (RJ) e Rio Grande (RS), onde as quatro embarcações passarão por serviços.

Segundo a companhia, a alteração de estratégia, com subcontratação de serviços na China, foi definida em função do andamento das obras de reforma do cais, em curso no Estaleiro Inhaúma, e em função de estudos de otimização da disponibilidade do dique seco do Polo Naval do Rio Grande. No caso do Rio Grande, a falta de disponibilidade foi afetada pelo atraso na saída da P-55. A P-74, P-75, P-76 e P-77, com contrato de conversão no Inhaúma, serão usadas na área da cessão onerosa. Apenas a P-74 está no Inhaúma. Segundo a Petrobras, o navios P-75, P-76 e P-77 foram entregues à Petrobras na Ásia (Malásia).

"A P-75 e a P-77 foram enviadas ao Estaleiro Cosco, em Dalian, na China, para execução de uma parte dos serviços iniciais de conversão. A P-76 está atualmente executando serviços de limpeza na Indonésia e, posteriormente, seguirá para Dalian, para o mesmo tipo de trabalho. A conclusão desses serviços iniciais e a conversão propriamente dita, incluindo as novas estruturas da P-75, P-76 e P-77, serão executados no Inhaúma. No caso da P-74, todos os serviços da etapa de conversão estão sendo realizados no Estaleiro Inhaúma (RJ)", disse.

No caso da plataforma replicante que seria executada no Rio Grande, a Petrobras diz que apenas partes isoladas da estrutura estão sendo fabricadas nos estaleiros Cosco. Atrasos de papelada por parte da Petrobras postergaram a saída da P-55 do Rio Grande, atrasando a chegada de novas embarcações, apurou a Agência Estado.

"Algumas seções estruturais do casco serão feitas na China e virão para o Brasil já conectadas, de forma a sincronizar a saída do casco da P-66 do dique com a conexão final das seções do casco da P-67, em uma única operação de enchimento, saída, reposicionamento e esvaziamento do dique".

Segundo a Petrobras, a atuação da Cosco no suporte técnico à Ecovix (Engevix) é importante pela "otimização da produtividade dos processos construtivos, incluindo treinamento na China". A Petrobras negou ainda ter decidido afretar os FPSOs para utilização na cessão onerosa. E afirma que não está negociando afretamento de FPSOs com conteúdo local zero. A empresa diz que, desde 2010 exige conteúdo local, mesmo para FPSOs afretados.

A Agência Estado apurou que, embora o afretamento de duas unidades ainda não tenha sido submetido à aprovação da direção, o negócio está sendo negociado em Mônaco e no Japão. As metas de conteúdo local neste caso valem para o sistema de produção como um todo.

Fonte: http://noticias.r7.com

Estatais cadentes: Petrobras e Eletrobras atingem mínimas de quase uma década

Papéis ordinários da Eletrobras fecharam aos R$ 6,13, seu menor preço de fechamento desde 9 de setembro de 2003, enquanto ações ON da Petrobras fecharam na mínima desde 29 de novembro de 2005


SÃO PAULO - As ações ordinárias das estatais Petrobras (PETR3) e Eletrobras (ELET3) estão em queda livre nos últimos meses. As empresas foram pressionadas pelo governo a tomarem medidas que não fazem muito sentido econômico, como baixar os preços cobrados pela energia elétrica, no caso da Eletrobras, ou manter uma política de preços que efetivamente subsidía o consumo da gasolina e obriga a empresa a importar para suprir a demanda, como no caso da Petrobras.

Com isso, nesta sexta-feira (22), os papéis ordinários da Eletrobras fecharam aos R$ 6,13, seu menor preço de fechamento desde 9 de setembro de 2003 - quando esses papéis haviam fechado a R$ 5,86. A situação da Petrobras é mais tranquila, já que a última vez que os papéis fecharam abaixo dos R$ 15,10 foi no dia 29 de novembro de 2005, quando a ação havia fechado aos R$ 14,88.

Eletrobras: menos dividendos por conta da MP 579

A questão dos dividendos pagos aos acionistas pesa em ambos os casos. Em relação à Eletrobras, o mercado estima que as ações ordinárias não mais pagarão dividendos - em virtude da esperada queda brusca dos resultados nos próximos anos, fruto da MP 579 (Medida Provisória). A companhia chegou a alertar que o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação, amortização) poderia zerar em 2013.

Mesmo assim, a expectativa é que apenas a preferencial (ELET6) pague dividendos nos próximos anos, já que é obrigada pelo estatuto. Os preferenciais fecharam aos R$ 11,59, bastante acima das mínimas vistas em novembro, quando a ação chegou a fechar aos R$ 7,30.


Petrobras é escalada para segurar inflação e salvar a Copa do Mundo

A Petrobras se vê pressionada pelo governo para manter o preço dos combustíveis estáveis e não interferir na inflação, a empresa viu o seu caixa diminuir perigosamente, a ponto de ameaçar o plano de investimentos para a exploração do pré-sal. Essa política de preços, criticada até pela presidente da companhia Maria das Graças Foster, atrapalha. A quantia ganha com a capitalização de 2010, por exemplo, já foi em grande parte gasta com a política de preços.

Nesse cenário, a Petrobras também se vê pressionada por conta dos proventos, já que reduziu em 50% os proventos para os papéis ordinários frente os preferenciais (PETR4). Até o último resultado, a companhia pagava a mesma quantia para as duas classes de ações, mas foi obrigada a mudar para preservar o caixa, e conseguir investir para explorar o pré-sal. Por conta disso, as ações preferenciais estão menos pressionadas: o fechamento desta sexta, aos R$ 17,15, é o menor desde 9 de dezembro de 2008.

A empresa é um dos principais instrumentos macroeconômicos utilizados pelo governo, o que assusta os investidores - já que a função primordial da empresa deixou de ser o lucro. O governo federal está pressionando a empresa até para viabilizar o Estádio do Corinthians, o Itaquerão, podendo pagar R$ 400 milhões para obter o direito de nomear o estádio, garantindo caixa para que o projeto - que deverá ser palco da abertura da Copa do Mundo - saia do papel.

Descoberta de Petróleo em Área de Cessão Onerosa.


A Petrobras informa que descobriu petróleo no sexto poço perfurado após a assinatura do contrato de Cessão Onerosa, na área denominada Florim, no pré-sal da Bacia de Santos.
Batizado informalmente como Florim, o poço 1-BRSA-1116-RJS (1-RJS-704) localiza-se em profundidade d´água de 2.009 metros, a uma distância de 206 km da costa do Estado do Rio de Janeiro e comprovou a existência de petróleo de boa qualidade (29º API), em reservatórios carbonáticos de excelente qualidade situados logo abaixo da camada de sal.
O poço ainda está sendo perfurado, tendo chegado, até agora, à profundidade de 5.498 metros. A perfuração prosseguirá até o nível previsto no contrato de Cessão Onerosa, que é de aproximadamente 6.100 metros.
Concluída a perfuração, será feito um teste de formação para avaliar a produtividade dos reservatórios, de acordo com as atividades e investimentos previstos no Programa Exploratório Obrigatório (PEO) do Contrato de Cessão Onerosa.
Pelo contrato, a fase exploratória deverá terminar até setembro de 2014, quando poderá ser declarada a comercialidade da área.
Fonte: Agência Petrobras

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

ANP vê chance de petróleo leve em margem equatorial

Os blocos da margem equatorial brasileira fazem parte da 11ª rodada de licitações para a concessão de campos de petróleo e gás


Rio de Janeiro – A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse hoje (19) que há boa possibilidade de encontrar grandes reservatórios de petróleo leve nos blocos da margem brasileira da Linha do Equador, que corta o norte do país, e que fazem parte da 11ª rodada de licitações para a concessão de campos de petróleo e gás.

A rodada, que está prevista para acontecer nos dias 14 e 15 de maio deste ano, deverá oferecer 150 blocos no mar da margem equatorial brasileira, sendo a maioria (97) na Bacia da Foz do Amazonas.

Segundo Magda, a margem equatorial brasileira tem as mesmas características geológicas da margem equatorial africana, onde recentemente foram feitas descobertas como o Campo de Jubilee, na costa de Gana, que concentra boas oportunidades em petróleo leve e tem reserva estimada entre 500 e 600 milhões de barris de petróleo.

“Quando a gente olha essa margem toda, a gente vê oportunidades exploratórias de 37 a 44 graus API (óleo leve), ou seja, é o óleo mais caro do planeta. Tomara que aconteça da forma como estamos pretendendo. A gente já teve no passado uma área, o Pará Submarino
11, que produziu durante seis meses óleo de 42 a 44 graus API”, disse Chambriard.

Magda disse duvidar que exista um reservatório como Tupi (bloco na Bacia de Santos, que tem reservatório estimado em mais de 5 bilhões de barris) na margem equatorial, mas disse que podem existir alguns como Jubilee.

A diretora da ANP disse ainda que recentes descobertas na Guiana Francesa também tornam atraente a Bacia da Foz do Amazonas, que fica justamente na fronteira com o território francês.

Uma audiência pública para receber sugestões para a redação do edital da 11ª rodada está sendo realizada hoje (19) no Rio de Janeiro. A rodada será a primeira desde que as rodadas de licitação foram suspensas em 2008, por conta das mudanças no marco regulatório do petróleo e gás no país. A ANP colocou em consulta pública no mês passado, por meio da internet, o pré-edital e a minuta do contrato de concessão da 11ª Rodada de Licitações.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já aprovou a participação de 172 blocos em nove bacias sedimentares brasileiras. A inclusão de outros 117 blocos em quatro bacias deverá ser analisada pelo CNPE ainda nesta semana para que façam parte da 11ª rodada. A ampliação da oferta de blocos atende a pedido da presidenta Dilma Rousseff.

Os 289 blocos se dividem em 11 bacias situadas em diferentes estados. Dez se localizam nas regiões Norte e Nordeste do país. “Essa rodada tem a clara intenção de descentralizar investimentos em exploração, gerando emprego e renda no Norte e Nordeste do Brasil e contribuindo para a redução das desigualdades regionais”, disse a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard.

Os bônus de assinatura dos contratos de concessão dos 172 blocos já incluídos na 11ª rodada devem garantir pelo menos R$ 500 milhões à ANP. Mas, segundo Magda Chambriard, é possível que esse valor ultrapasse R$ 1 bilhão.

Além da 11ª rodada, a ANP deve realizar neste ano uma rodada de licitação para gás em terra, provavelmente nos dias 30 e 31 de outubro, e outra para campos do pré-sal, já sob o regime de partilha da produção, possivelmente em novembro.